Empresas prometeram mais controle sobre postagens falsas após reportagem mostrar que prevalecem afirmações mentirosas sobre a cura para o câncer e outras doenças. Facebook e YouTube esboçaram planos para frear a propagação de versões médicas falsasDivulgaçãoO Facebook e o YouTube afirmaram nesta terça-feira (2) que estão tentando reduzir a propagação de versões falsas sobre tratamentos de saúde, depois notícias na imprensa internacional mostraram a proliferação de curas falsas para o câncer em redes sociais.LEIA TAMBÉM: O perigo dos remédios falsos e 'curas milagrosas' que inundam a internetO Facebook disse que fez modificações em sua página de classificação de algoritmos para reduzir as "publicações com afirmações de saúde sensacionais ou exageradas" e tentativas de vender produtos baseados nessas mensagens. O YouTube indicou que estava realizando ações similares.O Wall Street Journal publicou nesta terça uma reportagem em que investigou e mostrou que prevalecem afirmações falsas no Facebook e YouTube, tais como o uso de injeções de bicarbonato para curar o câncer.A publicação aponta que o Facebook e o YouTube, empresa do Google, esboçaram planos para frear a propagação de versões médicas falsas depois de que as descobertas da investigação jornalística foram apresentadas a eles.O Facebook disse ter feito mudanças no mês passado como parte do esforço para reduzir a propagação de versões médicas enganosas, incluindo as de grupos que se opõem ao uso de vacinas recomendadas."Para ajudar as pessoas a obterem informações de saúde precisas e apoiar suas necessidades é imperativo que minimizemos os conteúdos de saúde sensacionalistas ou enganosos", disse em uma publicação de blog Travis Yeh, gerente de produto do Facebook."Nós lidamos com isso de forma semelhante a como reduzimos anteriormente conteúdos de baixa qualidade como clickbaits [caça-cliques]: identificando frases que eram comumente usadas nesses posts para prever quais mensagens poderiam incluir afirmações sensacionalistas de saúde ou promoção de produtos com alegações relacionadas à saúde, e, em seguida, mostrando estes mais abaixo no feed de notícias".O artigo do The Wall Street Journal, baseado em entrevistas com médicos, advogados, especialistas em privacidade e outros, encontraram muitas afirmações falsas ou enganosas sobre tratamentos de câncer anunciados online.Estes incluíram vídeos que defendem o uso de pomadas para matar células que poderiam ser perigosas, regimes dietéticos não verificados ou técnicas de detecção que não foram validadas.O YouTube disse que vem trabalhando há algum tempo para reduzir a desinformação na plataforma. A "desinformação é um desafio difícil e qualquer desinformação sobre temas médicos é especialmente preocupante", disse o porta-voz do YouTube em um comunicado enviado na terça-feira por e-mail."Tomamos uma série de medidas para abordar este problema, incluindo o aparecimento de conteúdo mais autorizado em nosso site para as pessoas que buscam temas relacionados com o tratamento do câncer, começando a reduzir as recomendações de certos vídeos de desinformação médica e mostrando painéis com mais fontes onde podem verificar a informação por si mesmos".
G1